
Salve Jorge tem ainda como par romântico um casal sem nenhuma química, formado pelo belo ator que já vimos em Caminho da Índia (Rodrigo Lombardi) e uma novata destituída de carisma, apenas um rostinho engraçadinho e enfarento, periguete do Complexo do Alemão, sempre espremida em seus shortinhos ginecológicos, com todas as falhas comuns em atrizes sem experiência. A própria historinha de amor engendrada para os dois é forçada demais. Dá-me gastura tanta canastrice da Morena. Até o elenco é repetitivo... Arre!
Outra que me deixa em crise de tédio é Carolina Dieckman, a Jessica. Esta, mais uma vez, na pele da personagem que ela repete sempre: a mocinha vítima da maldade humana, cara de sofredora anoréxica, sorriso amarelo, metida a mal criada, sempre confundindo arte dramática com gritos, gesticulação enfática e cara fechada. Pobre Carolina, tantos anos representando mal, não aprendeu nada com as grandes estrelas com as quais contracenou. No papel de Jessica aparece magérrima, com os braços finos demais, o rosto chupado, com olheiras, as pernas tortas em formato de alicate e os seios murchos. Até a bunda sumiu. Pena, porque tem um rosto bonito. Talvez a magreza seja uma exigência do papel ou, quem sabe, devido às TVs LCD sem Full HD que dá uma aparência mais roliça, mais ou menos semelhante à da celulitosa Priscila Pires (BBB9): baixotinha, gordota e atarracada. Ainda bem que a Jéssica vai sumir logo mais, devido às suas tentativas de fugir. Quanto à Morena chatinha, esta vai cair na malha da máfia da prostituição.
Reconheço que a denúncia ao tráfico humano é muito importante. Mas que fosse abordado em uma trama que não parecesse tanto uma mesmice tediosa, com gosto de café requentado. O que não entendi ainda é o interesse que tem o núcleo da Tunísia. Se, pelo menos, esse país fosse o local para onde as meninas são atraídas e jogadas na prostituição. Mas, não há nenhuma ligação entre os dois núcleos. Fica-me a impressão de que estou assistindo a três novelas diferentes e, ao mesmo tempo, geminadas. Gente demais, é outra trapalhada. Depois de ter acompanhado prazerosamente a maravilhosa Avenida Brasil, com atores e atrizes de peso e com uma trama tão empolgante, não dá para digerir Salve Jorge!