14 de setembro de 2010

Gyselle Soares "é esta coca cola toda!" Uau!...

 Gyselle Soares, a vice-campeã da oitava edição do "Big Brother Brasil", está fazendo sucesso no exterior e investindo pesado em sua carreira de atriz. A piauiense está morando há três meses na França, onde está gravando o seriado "Camping Paradis" para a emissora de TV TF1, e acaba de ser aprovada para o elenco do novo filme do cineasta francês Arnaud Lemort.

Com os projetos em alta, no entanto, a moça contou ao EGO que ainda não se sente completamente realizada e sonha com o sucesso e o reconhecimento, tanto lá fora quanto no Brasil.
 
"Não posso dizer que eu estou realizada, tenho muitas coisas para provar, para dizer que estou realizada ainda é preciso muito trabalho pela frente. Todo mundo começa de uma forma e eu comecei por um reality show e não me arrependo apesar dos pesares. Faço o meu trabalho e tento mostrar através dele que eu sou muito mais que uma ex-bbb. O tempo é o meu aliado!", acredita Gyselle

Depois de algum tempo solteira, a morena também revelou que está namorando, mas não quis revelar a identidade do eleito. "Pensei que príncipe encantado não existia, mas finalmente posso dizer que encontrei um. Hoje em dia, encontrar um grande amor é a mesma coisa que ganhar na loteria e, graças a Deus, eu fui abençoada com uma pessoal especial", suspira.
EGO: Por que você resolveu ir para o exterior novamente? Foi devido a um convite ou quis se aventurar?
Gyselle Soares: Voltei para a França porque chamei atenção de alguns produtores daqui quando gravei o reality show “Mon Rêve Miss Bikini à Rio", em que eu ciceroneava jovens modelos, e com isso surgiram vários convites. Entre eles, a série Camping Paradis do canal TF1 onde eu interpreto a personagem Joana. Mas, além disso, também tenho novos projetos para a televisão. Estou negociando com o produtor Frederic Joly, do canal TF6, um programa que dá espaço para que jovens artistas que vêm a Paris alcancem um lugar ao sol. O programa vai se chamar “Bem Vindos a Paris”. Estamos trabalhando para que o projeto saía ainda este ano.

Estavam faltando boas oportunidades aqui no Brasil? Você acha que o fato de ser uma ex-BBB atrapalhou na sua carreira como atriz por aqui?
No Brasil eu tive boas oportunidades, principalmente no cinema, mas não nas mesmas proporções que eu estou tendo aqui na França. Não vou ser hipócrita de dizer que não tem preconceito, porque existe e eu sempre consegui administrar isso. É uma questão de tempo para que eu possa contrariar os comentários maldosos. Quero muito voltar a trabalhar no Brasil, mas no momento as oportunidades que suprem o que eu desejo para a minha carreira estão aqui e eu tenho que aproveitar.

Você atua em 'Sonhos de um Sonhador', filme sobre a vida do Frank Aguiar. Sofreu algum tipo de preconceito nos bastidores ou quando as pessoas souberam que você tinha sido selecionada?
Eu, particularmente, não fiquei sabendo de nada. Pelo contrário. Nos bastidores, atores como Nelson Xavier e Rosi Campos foram bastante solidários e me ajudaram muito em cena. Agradeço ao Frank Aguiar pela a oportunidade que me foi concedida. O meu personagem é bem pequeno, mas eu consegui mostrar que, participar de um reality show não quer dizer que eu não tenho habilidades artísticas, como atuar, cantar e etc. Todo mundo começa de uma forma e eu comecei através do BBB. Não me arrependo apesar dos pesares. Faço o meu trabalho e tento mostrar através dele que eu sou muito mais que uma ex-bbb. O tempo é o meu aliado.

Esta será sua estreia no cinema. Como foram as filmagens? Está ansiosa para ver o resultado?
Sim, estou ansiosa para conferir o resultado. As gravações foram ótimas e a produção procurava manter uma harmonia bacana com todos. As cenas que eu gravei foram carregadas de emoção. Principalmente a cena da despedida, em que a minha personagem chora pelo seu amado, interpretado pelo o ator Gustavo Leão, que deixa o Piauí para ir a São Paulo em busca de um lugar ao sol. A cena foi bastante intensa. Acho que o público vai gostar do resultado do filme, porque a história está bem configurada.

Você está vivendo uma ótima fase profissional. Acabou de gravar o filme sobre o Frank Aguiar, está em uma série de TV francesa e foi aprovada para o elenco de um filme do cinema francês... Como está se sentindo? Está realizada?
Estou feliz! Acho que esta minha fase profissional é um grande passo em minha carreira. Às vezes paro para recordar um pouco de todas as dificuldades que passei, até mesmo para ter uma visão real do que eu já consegui conquistar. Lembro que em certas ocasiões eu não tinha dinheiro pra pegar ônibus e comer, e hoje, graças a Deus, eu mudei essa realidade com as oportunidades que a vida meu deu. Sou muito grata a tudo que consegui. Não posso dizer que eu estou realizada, tenho muitas coisas para provar. Para dizer que estou realizada ainda é preciso muito trabalho pela frente.

Como foi seu teste para o novo filme do cineasta Arnaud Lemort?
Foi um desafio que eu consegui vencer. Falo fluentemente francês, mas voltei a morar no Brasil por alguns anos e atuar em francês ainda não é algo muito confortável. Então, para o casting, eu repeti várias vezes consecutivas o texto para me sentir mais segura com o sotaque. O meu personagem é um dos principais da trama, por conta disso, o nervosismo foi maior do que em todos os outros testes que eu já fiz. Fiquei nervosa no começo, mais depois encarei com naturalidade e dei o melhor de mim. Um mês depois eu recebi a aprovação.

Você sonha em se tornar uma estrela internacional?
Quem não sonha? Mais ainda tenho muito o que aprender. Preciso falar inglês melhor, por exemplo. O francês e o italiano eu já domino.

Você planeja continuar morando na França ou deve voltar ao Brasil em breve?
Não planejo nada, tudo vai depender das oportunidades que surgirem. Estou aberta para projetos profissionais, seja na França ou no Brasil. Eu vou aonde o trabalho me chama.

Como você está administrando a saudade da família?
A distância transformou a minha mãe em uma nerd do computador (risos)... Ela sempre está online e a gente sempre se fala via internet. A minha família está sempre conectada. Toda decisão que eu tomo, peço opinião para eles. Nunca perdemos o contato. Com a tecnologia de hoje, a distância é só física mesmo. Minha família sempre foi a minha prioridade, a minha força para seguir em frente em busca de meus objetivos.

Fonte: EGO.
                                      

7 de setembro de 2010

Mulher: produto com prazo de validade.

Gostei muito desse texto. Por concordar com o que a sua autora escreveu, trouxe-o para ser lido e comentado aqui. É sempre oportuno à mulher repensar os seus papéis na sociedade, reavaliar a sua forma de estar na vida, tomar consciência da importância que tem no meio onde vive, trabalha e relaciona-se. Em sua pluralidade de funções e de atuações a mulher exerce grande influência no meio social, na família e no trabalho. Vamos ao texto da Dra. Margareth Reis:
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“Se no tempo de nossas avós a mulher começava seu exercício sexual cedo para reproduzir e era levada à exaustão pelo número de filhos que paria, hoje é levada à exaustão pela exigência social de ser sexualmente desejável, orgástica e independente, além de se transformar em um troféu digno de ser exibido pelo homem. A mulher madura também é pressionada a se encaixar nos padrões vigentes de beleza e juventude, nem que seja negando seu próprio tipo físico, e entram assim em jogo os referenciais criados pelo homem para validar a situação feminina. Se a mulher atinge estes referenciais, ainda tem que provar algum valor além da beleza, porque, a princípio, de uma mulher bela não se espera inteligência, preparo profissional, ou qualquer atributo que a faça sobressair na vida pública.

Por outro lado, se é somente nesta esfera pública que a mulher se destaca, então sua feminilidade é ferozmente atacada. Esta realidade tem causado o adoecimento físico, emocional e psíquico das mulheres, pois elas são as principais vítimas da depressão, da anorexia e da agressão física e emocional dos homens. A preservação do papel da mulher enquanto objeto e do papel do homem enquanto sujeito da história, a intensa erotização e a banalização da sexualidade que presenciamos hoje não têm causado prejuízos somente às mulheres, mas também aos homens e ao relacionamento entre ambos.

O homem maduro tem se tornado alvo, involuntário ou não, das conquistas de jovens belas e sedutoras e acaba, via de regra, sendo vítima da fantasia ilusória de que elas sejam mulheres maduras para enfrentar os percalços da vida a dois. Por outro lado, sente-se desconfortável na convivência com uma mulher que detém qualidades que ele entende serem exclusivas do masculino: cultura, razão, estatuto social, espírito crítico etc.

De certa maneira, a dificuldade do homem em aprofundar o relacionamento e a forma fragmentada com que se relaciona com a mulher elegendo peitos, bundas e outras partes do corpo feminino em detrimento da aceitação do todo são formas que ele encontrou para reagir à mudança da postura feminina e resistir no lugar que sempre lhe coube, de soberania e comando. Com os avanços da tecnologia que promove a beleza e a durabilidade da juventude, interessa refletirmos sobre o vencimento do prazo de validade dos padrões de comportamento que vêm regendo as relações entre homens e mulheres.

Este seria o momento de se experimentar novos parâmetros de comportamentos para que ambos possam dividir espaços comuns, tanto na esfera privada como na pública, sem a rivalidade que sempre caracterizou estas divisões, a fim de que possam construir de fato uma nova realidade e uma nova forma de relacionamento que os aproxime".
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Dra. Margareth dos Reis é psicóloga clínica, terapeuta sexual e de casais
no Instituto H. Ellis-SP.  Autora do livro Mulher: Produto com data 
de validade (Editora O Nome da Rosa).