14 de abril de 2013

Solidão ou solitude


Conquistar ou encontrar o grande amor de sua vida pode ser muito fácil ou muito difícil. E depende muito do que você está procurando de verdade. E a dificuldade se instala exatamente neste ponto! Você sabe o que está procurando?
Mulheres que já chegaram à casa dos trinta, que são independentes econômica e financeiramente, lindas, ultra bem cuidadas ainda têm dúvidas quanto o que seria ideal para compartilharem em amor, em vida conjugal. Muitas dizem não ter sorte, que não existe homem disponível. Duvidam de sua competência como mulheres. Outras se expõem ao risco do envolvimento com qualquer pessoa, de qualquer jeito em uma busca inconsciente de algo, de alguém que as fará sofrer.
Se envolver com qualquer pessoa, só para ter alguém, justificando para a sociedade que foi capaz de casar-se e exercer domínio sobre alguém, é coisa do passado, quando as moças eram treinadas para isto. O homem podia ser uma peste, mas se fosse julgado pela família, pelo meio, que era um bom partido, valia tudo. - Minha filha, cale a boca, fique quieta. Mulher veio ao mundo para isso mesmo. Agradeça a Deus pelo fato de você não estar encalhada.
Hoje, as coisas são bem diferentes e a mulher ainda não acordou para esta realidade que a beneficia de todas as maneiras. A mulher, atualmente, pode simplesmente amar alguém, ser feliz, dividir ou não um espaço, ter filhos ou não com ele e o melhor, se ela for inteligente, não se permitir amar qualquer um.
Eu sei que a gente não manda no coração, no corpo da gente, nas coisas que a gente sente. Mas, diante de tanta autonomia, não daria para, ao menos, passar um filtro rápido pelo histórico familiar e amoroso do rapaz? - Ah, não se deve julgar uns pelos outros! - Ele foi assim com as outras porque ainda não tinha me conhecido. - O pai dele era assim, mas ele não seguiu os maus exemplos deixados por ele. Realmente, seus pensamentos podem ser condescendentes, entretanto, é sempre bom, antes de cair de quatro pelo mocinho, saber do que ele foi capaz antes de você.
Se na sua vida de balzaquiana, linda, leve, solta, só está faltando um grande amor, outra dica é não assustar o pretendente com toda a sua independência. Eles ainda não aprenderam lidar com isto. No sexo, então, se você quer conquistar alguém para casar, finja-se de morta! Calma, não é bem assim. Deixe-o saber de todo o seu poder, mas lembre-se que alguns homens precisam acreditar que são eles que dão as ordens. Se permitir conhecer um pouquinho a pessoa antes do "vamos ver", saberá a medida exata de como usar esta tática.
E, agora, a receita infalível para conquistar o seu único e grande amor da vida inteira: conquiste-se, ame-se, valorize-se, cultive a humildade sobre toda esta conquista, sobre todo este valor, mantenha o curso de sua vida com simpatia, com doçura, com beleza e não vai faltar quem queira estar ao seu lado.
Como dizia o bom amigo Mario Quintana... "Cuide do seu jardim". E e eu acrescentaria: "Mas não faça isso somente para que as borboletas venham pousar nele. Viva feliz nele." Namastê!

Jussara Hadadd é filósofa e terapeuta sexual feminina

9 de abril de 2013

Salve, Tammy Miranda!



Qundo eu soube que Tammy Miranda participaria na novela Salve, Jorge pensei cá com as minhas chaminhas: ela vai fazer uma personagem lésbica do tipo apelativo. Não pus fé na garota.
Ledo engano! De início, ela estava muito apagadinha, quase não tinha falas naquele papel secundário que parecia tão sem importância. Logo de cara, simpatizei com Jo, a personagem interpretada por Tammy. Fui gostando cada vez mais, à medida em que ela começou a ter uma atuação mais efetiva na trama.
Ontem, tive a grata surpresa de ver Jo transformada em Lohana, uma bela e sensual dançarina, exibendo-se na boate das traficadas em Istambul.



Inacreditável a beleza que Tammy trazia escondida nas roupas e corte de cabelo masculinizados, sempre de cara lavada, sem vaidade, com os traços de sua feminilidade ofuscados pela sua recusa do seu lado mulher.

Ao som de Conga, la conga, a atriz Thammy Miranda adentra o palco, metamorfoseada em uma belíssima mulher, deixando de lado a figura masculinizada da policial Joyce para encarnar Lohana, nome usado por ela enquanto infiltrada na boate das traficadas. Thammy subiu ao palco de vestido negro, muito decotado, de meias arrastão, muito bem maquillada, usando peruca longa com franjinha e salto-alto. Entrou e arrasou! Rebolou, sensualizou, esbanjou feminilidade, beleza, graça, charme e encantou os circunstantes.


“Quase não me reconheci. Eu até reneguei isso no passado, mas hoje eu encaro de uma forma completamente diferente porque não é mais a minha realidade. Para mim foi muito tranquilo, muito gostoso”, disse a atriz sobre a transformação em entrevista ao programa Vídeo Show News.
A escolha da música usada na cena, amplamente conhecida na voz e no rebolado de Gretchen, mãe de Thammy, não foi aleatória. A autora fez questão de fazer a ligação entre a ficção e a vida real e instruiu a atriz a evocar a figura materna na hora da cena.
Mesmo usando um vestido de gosto duvidoso com ar de anos 1980, a dança sensual funcionou. A personagem Jô chamou a atenção dos traficantes e, no que depender dos roteiros previsíveis de Glória Perez, será peça fundamental no fim da máfia de tráfico humano. 
 

Tammy é lésbica assumida e bem resolvida. O que não entendo é o motivo que a faz pensar que, por gostar de se relacionar amorosamente com outra mulher, precisa adotar uma imagem masculinizada, quando o normal seria ser super feminina, vaidosa e cuidada, levando em conta que se ela gosta de mulher, as namoradas que arruma também estão à procura de outra mulher, não de uma caricatura de homem, o objeto de desejo abomionado. Da mesma forma que dois homens que se amam, gostam mesmo é da masculinidade, da imagem do macho, do cheiro e e da aparência masculina. Bicha que desmunheca é uma triste caricatura de mulher, una pobres coitados sem um mínimo de auto estima.
Quisera que Tammy entendesse que é como mulher feminina e linda que poderá conquistar outra mulher e fruir de uma relação duradoura, feliz e bem resolvida. Acredito que somente uma mulher por quem Tammy se apaixone profundamente poderá fazê-la mudar a equivocada atitude que vem assumindo, caricaturatizando a imagem masculina.
Tammy é a filha mais bonita de Gretchen. Que belos olhos verdes! Salve, Tammy! Salve, Salve!

3 de abril de 2013

Para viver um grande amor...


 
Tenho uma amiga que não vai à praia há 12 anos e vive repetindo que tudo o que mais queria era pisar na areia, molhar os pés, tomar sol e tudo o mais que tivesse direito...
Você poderia ficar imaginando quais motivos ela tem para não realizar esse desejo que parece ser tão grande e profundo (e quando a gente ouve o discurso dela, parece mesmo!).
Poderia pensar que ela tem algum problema grave que a impede de ir ou ainda que more há centenas de quilômetros do mar ou qualquer outro obstáculo que o valha.
Mas não! Ela não tem nenhum problema grave e mora há apenas 40 quilômetros da praia. Em menos de uma hora, poderia chegar lá!
Agora, vou te contar outro fato.
Tenho um amigo que nasceu sem os braços e sem as pernas. Ele tem a chamada síndrome de Hanhart e do alto de seus 28 anos de idade, embora tenha muitas limitações físicas, é incrivelmente cheio de vida e se quisesse ir à praia, encontraria um jeito em menos de 24 horas, posso apostar!
Seus sonhos são outros, mas o fato é que ele faz acontecer um a um, passo a passo, obstinadamente e botando muita gente no chinelo quando o quesito é ‘realização e sucesso’!
Sabe qual a diferença entre ela e ele?
É que ele tem um desejo real, tem vontade de verdade, ou seja, tem ATITUDE!
Ele faz por onde, vai atrás, aprende, pede ajuda, supera a si mesmo diariamente, mas não desiste do que quer de-jei-to-ne-nhum!!!
E é exatamente essa a diferença entre quem vive gritando aos quatro cantos do mundo que quer viver um grande amor, mas na hora do “vamos ver” não cede, não conversa, não pratica a tolerância e desiste na primeira ou segunda dificuldade..., e quem vai lá e se entrega, paga o preço, arrisca, revê suas crenças, escuta o outro, tenta chegar a um consenso na maioria das vezes e sabe que todo relacionamento passa por crises, fases chatas e obriga a gente a lidar com a irritação causada pela convivência e inevitáveis responsabilidades da vida real.
A triste notícia é que o mundo tá cheio de pessoas que querem viver um grande amor só enquanto ele não passa de uma poesia romântica, de uma idealização, de uma paixão arrebatadora.
Enfim, pessoas que insistem em se iludir com a ideia de que os relacionamentos só valem a pena enquanto ardem, enquanto aceleram, enquanto sacodem a rotina.
E, assim, se boicotam, são incoerentes consigo mesmas sem sequer se darem conta e, pior, estão sempre muito mais preocupadas em satisfazer seu ego e apontar os defeitos do outro do que em parar e se perguntar:  
 
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