24 de outubro de 2010

Os insondáveis mistérios das telenovelas...

A novela “Passione” é, para mim, uma das melhores que a Globo já produziu. Acompanho-a com muito gosto e interesse desde o início. Todavia, começo a perder a empolgação por algumas personagens, abominando cada vez mais a péssima e tediosa atuação de Carolina Dieckmann e não conseguindo digerir a súbita e pouco crível transformação de outras personagens, especialmente no tocante à vilania dos seus comportamentos.

Não dá para encarar, por exemplo, a transformação da temperamental e estressada Gemma em uma comedida, tolerante e delicada mulher, depois que passou a residir no Brasil. Ela chega a aceitar morar em uma casa separada da de Totó, acolhe e trata com gentileza o patife Mimi e passou a ser amiga solícita e carinhosa da antes detestada Bete Gouveia. Ninguém muda assim na vida real. Gemma perdeu a graça. Tornou-se uma personagem apagada e sem interesse.

Clara, a perigosa vilã da trama, inescrupulosa, pérfida e capaz de qualquer baixaria para obter as vantagens para si mesma, tornou-se, de repente, uma “mocinha” chorosa, enjoativa, insossa, igual a muitas outras que já fez à exaustão, em novelas anteriores. Kayky Brito é outro caso aflitivo. O rapaz não evoluiu nada, continua ruim como sempre, não aprendeu o abc da dramaturgia, na atua, limitando-se a repetir o texto, sem emoção, sem convicção. Porém, ele não é o único que não tem talento nem capacidade de construir uma personagem que se diferencie das que representou anteriormente. Talvez pior do que ele é a incolor, insípida e indigesta Carolina Dieckmann.

Carolina Dieckmann, a tediosa e insignificante Diana, está apagada, robotizada e parecendo uma principiante de Malhação. Fica ainda mais apagada quando é cotejada com a bela e impecável Leandra Leal ou quando contracena com Mayana Moura, a linda, colorida, glamourosa, elegantérrima e excelente atriz que faz a sua estréia nesta novela. O romance da tola e cansativa Diana com Mauro é a aflitivamente sem química, sem graça e enauseante. Mais ou menos como era o casal sem sal formado por Totó e Clara. A presença de Carolina Dieckemann sobra na novela. Seria interessante se o autor a fizesse desaparecer de vez. O boato de que ela seria uma das personagens assassinadas não passou de boato mesmo.

Carolina Dieckmann não sabe representar nada além do papel da “mocinha” choromingas, sonsa, sofredora e se lamuriando como vítima de amores impossíveis... Para mim, constitui um dos mais insondáveis mistérios do universo telenovelístico o fato dela emendar uma novela na outra, sempre se repetindo, sempre fazendo a mesma personagem, e de forma canhestra e primária. Se a songamonga não evoluiu até agora, se não estuda e não se esforça para melhorar seu desempenho, então... que a aturemos até o final desta e em muitas outras novelas, fazendo caras e bocas, beijando os atores com os quais contracena como se estivesse gulosamente chupando manga. Que coisa mais sem charme são os beijos da desenxabida moiçola!

Um comentário:

Eva/RN disse...

Sejam bem vindas todas as pessoas que desejarem comentar a postagem. A todas, um excelente domingo.