Faltam-me as palavras para expressar o meu pesar. Sobram em mim os sentimentos. Uma grande desolação instalou-se a minha volta, desde o dia 2 à noite, quando recebi a notícia de que a minha querida amiga Mariane Maltese, a minha Miguxa, partiu.
Não mais verei seu avatar com a Pantera negra, dinâmica, correndo velozmente. Minha amiga partiu... Partiu assim, de repente, enchendo de perplexidade seus familiares e seus amigos, desolados diante da irreversibilidade do fato consumado.
Minha perplexidade não é menor. Estou com o coração pesado, porque é imensa a tristeza, é grande a frustração por não ter tido a chance de conhecê-la pessoalmente, como planejávamos e queríamos tanto.
Somente hoje, consegui reorganizar as idéias, equilibrar meu estado emocional para ter condições de falar nela e desafogar a emoção que sua memória desperta em mim. Mesmo se tratando de uma amizade surgida em um blog que nós duas freqüentávamos, mesmo sendo o que se costuma denominar “amizade virtual”, mesmo só nos conhecendo por fotografias, anos de troca de e-mails e telefonemas, construímos uma relação afetiva prazerosa, intensa, solidária, cheia de cumplicidade e entendimento, além da reciprocidade do bem querer que nos uniu em uma relação de amizade generosa e tão gratificante.
Quem conheceu Mariane Maltese, mesmo virtualmente, teve o privilégio de contatar com uma pessoa inteligente, amiga, íntegra, de espírito superior e dotada de qualidades que faziam dela aquela pessoa encantadora, simpaticíssima e tão querida.
É difícil mesmo pensar que ela não está mais entre nós, que não mais me enviará aqueles e-mails inteligentes, bem humorados, ricos em lições de vida e em expressões dos seus pensamentos acerca de tantas coisas que a interessavam ou que a preocupavam, sempre acompanhados de considerações interessantes. É difícil aceitar a sua morte repentina, inclusive porque fui acostumada a pensar que a morte é companheira da velhice e não de uma pessoa com menos de sessenta anos de idade, tão mais nova que eu mesma. Vivemos nossas vidas como se essa hora derradeira não existisse. E quando alguém querido morre, somos tomados pelo espanto, pela angústia do sentimento da perda, e pela tristeza.
Quando conseguimos atravessar os primeiros dias de aturdimento, começamos a administrar a dor e a assumir a consciência de que a morte não é o fim de tudo, mas sim o recomeço de outra forma de vida. Mas o caminho é lento. Perder uma pessoa amiga é como perder parte da nossa história. A sensação é de que sempre está faltando algo na nossa vida até que a angústia se transforme em doce lembrança. O tempo, somente o tempo, permite que a nossa mente se rearranje que aceitemos a ausência irremediável de quem ocupou um espaço tão importante em nossa vida.
Mariane Maltese, minha doce amiga, que a sua chegada na vida espiritual tenha sido a festa do reencontro com as pessoas que amou e que a antecederam no retorno para uma das muitas moradas do Pai. Que os Espíritos da Luz a amparem, iluminem e guiem em sua nova forma de vida. Sinto e sentirei saudades suas.
Agradeço-lhe por tudo quanto generosamente fez por mim, por todas as lições que me ensinou, pela gratificante amizade que me deu, irmã em suas bases, e por ter querido caminhar comigo, apoiando-me nos momentos em que precisei de apoio, animando-me quando o desânimo e o desencanto ameaçavam fazer-me fraquejar, dando-me afeto sempre que me senti carente e acreditando sempre em mim, em minha verdade. Obrigada, Miguxa.
Que Deus a abençoe, querida Miguxa! Que a Paz e a Serenidade de Cristo a envolvam. Até algum dia, que não deverá estar muito distante... Quem sabe?
Um comentário:
Mariane foi minha amiga virtual,mas tive o priveilégio de conhece-la pessoalmente,uma pessoa maravilhosa.
Mariane,onde estiver.seu amigo Corretor ora por ti.
Eva,um abraço de seu amigo.
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