Não foi vã a invasão do Instituto Royal pelos ativistas que libertaram os animais submetidos a tratamento cruel e maus tratos dignos de campo de concentração nazista pelos que se dizem cientistas e pesquisadores. Os cãezinhos estão salvos e bem tratados e o Ministério Público não ficou surdo às denúncias, acusações e clamores por providências rigorosas para o caso.
O prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), suspendeu por 60 dias, o alvará de funcionamento do Instituto Royal. Segundo ele, a suspensão resultou de um acordo com o próprio instituto para que sejam apuradas denúncias de maus-tratos dos animais.
Os parlamentares Iara Bernardi (PT-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Ricardo Izar (PSD-SP) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP) cobravam o imediato fechamento da unidade por entender que existem práticas de maus-tratos. O grupo se dirigia, no início da noite, ao instituto para vistoriar as instalações na companhia do deputado estadual Feliciano Filho (PEN) que também estava na cidade. O prefeito seguiu para o local para notificar os funcionários que lá estivessem sobre a paralisação das atividades.
Mais cedo, os parlamentares haviam se reunido com o promotor Wilson Velasco Júnior, que investiga denúncias de maus tratos contra os animais desde 2012, e sugeriram que o Ministério Público Estadual enviasse à Justiça um pedido de fechamento do instituto. O grupo também conversou com o delegado do município, Marcelo Pontes, que até quinta-feira estava à frente das investigações. O caso, agora, é apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Sorocaba.
De acordo com o deputado Protógenes, presidente da comissão, o objetivo é reunir novos documentos que comprovem os maus-tratos sofridos pelos cães.
— Já temos documentos que provam o que os animais passavam no local. Queremos fechar essa instituição e fiscalizar os R$ 5 milhões de recursos públicos que foram repassados ao instituto.
Ele considera importante recuperar os 178 cães levados durante a invasão para que passem por perícia. Até quinta-feira (24), apenas três animais tinham sido recuperados.
Há há indícios de que o instituto vendia os cães após os testes. A direção do instituto divulgara que os cães eram doados, e não vendidos, após os testes.
Há muitos outros podres a serem investigados acerca das atividades pérfidas dos pseudo cientistas do
Instituto Royal. É pena que não exista uma lei que os meta na cadeia por crime de tortura contra animais.