Mais do que detentoras de um estilo marcante, as pin-ups são símbolo de feminilidade e quebra de paradigmas históricos.
Inicialmente, é preciso esclarecer alguns pontos acerca das pin-ups. “Pin-up” é um termo inglês que significa “pendurar” e isso se deve ao fato das imagens, catálogos e calendários dos anos 30 a 50, onde apareciam constantemente essas mulheres de ar inocente e ao mesmo tempo sensual, ficarem pendurados nas paredes dos locais onde os soldados residiam e, não menos comum, em várias oficinas, como ainda acontece nos dias de hoje.
É bastante válido lembrar, que a época em que as primeiras pin-ups surgiram, era extremamente ofensivo para a sociedade que uma mulher usasse roupas provocantes e se deixasse fotografar seminua ou nua. Podemos pensar que foi nesse instante que o feminismo e os demais movimentos relacionados ao estilo de vida das mulheres começaram. Apesar das pin-ups terem ganhado força a partir dos anos 30, é importante ressaltar que muitas delas surgiram ainda no século XIX, em cartazes de espetáculos e anúncios inovadores para a época. A exemplo disso, temos o cartaz que divulga o Moulin Rouge, no final do século XIX e início do século XX.
Marilyn Monroe, Dita Von Teese e Betty Pagie são apenas algumas das precursoras do movimento pin-up, que volta a ganhar adeptas do estilo.
Consideradas até hoje ícones do cinema e também das pin-ups, ocupam lugar de destaque como símbolos sexuais, e o passar dos anos não modificou essa visão social. Atualmente, o termo pin-up voltou a ser comentado e agregado à moda vintage e retrô também em alta, e aos estilos musicais originários do Rock n’ Roll dos anos 40, 50 e 60. Existem várias classificações quanto aos tipos de pin-ups. Além do cinema, é possível encontrar as pin-ups na música, fotografia e até em desenhos!
Não é difícil elencar uma série de cantoras que, seja esporádica ou permanentemente, adotam a linha pin-up para se vestir e, até mesmo, em seu comportamento em sociedade. Podemos citar de início a cantora Amy Winehouse que, apesar de ter vida e obra encerradas muito cedo, deixa um verdadeiro legado musical e icônico, seja por sua maquiagem pesada e cabelo volumoso, ou sua personalidade tão característica. Outras cantoras que, sem sombra de dúvida, chamam a atenção pela maneira como compõem o figurino são as americanas Katy Perry, Christina Aguilera e a brasileira Pitty que, além das roupas habituais, já apareceram como pin-ups em diferentes momentos de suas carreiras.
Vendo essas quatro mulheres, fica fácil compreender como as pin-ups continuam representando um grande movimento feminino na história. Força, atitude e feminilidade são características marcantes de uma pin-up e de tudo o que ela representa.
A expressão “sexy sem ser vulgar” funciona perfeitamente para descrever uma pin-up ou apenas responder a pergunta “O que é pin-up?”
Hoje, elas embelezam de espetáculos pornô-soft a estúdios de tattoo. Mas, no começo, lugar de pin-up era na parede. Nos anos 40 e 50, era passatempo entre os soldados americanos pendurar (em inglês, pin-up) fotos de mulheres bonitas em seus alojamentos. Eram fotos mais para concurso de camiseta molhada do que Brasileirinhas, mas que constituíam um incentivo para as tropas.
Com o tempo, foi se estabelecendo um padrão específico. Pin-up passou a ser necessariamente uma mulher voluptuosa (Keira Knightley, fora), com ar clássico e retrô (Lady Gaga, fora) e muito feminina (Yoko Ono, se algum dia você esteve dentro, fora). E o termo deixou de se resumir a fotos: ilustrações de pin-ups passaram a ser utilizadas em estampas, quadros e na publicidade. Marilyn Monroe chegou a começar como pin-up, mas elas costumavam ser estrelas menores (ver quadro Pendura essa).
Cabelo vintage, pele alva, batom vermelho e uma postura provocante, porém com algo de ingênuo, estão no manual da pin-up moderna. Gwen Stephany e Katy Perry adotaram o rótulo temporariamente, e outras acrescentam tatuagens à fórmula, como Pitty e a Kat Von D. Para quem ficou curioso, o site Pin Me Up (www.pinmeup.com.br) reúne fotos de meninas que seguem essa estética. O resultado varia entre humor involuntário e boas tentativas.
Fontes: publicado em artes e ideias por Carina Santos e por
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